Editorial: Hora de comprar dólar
Nesta quinta-feira, dia 30, o dólar comercial fechou abaixo de R$1,70, a menor cotação nesses últimos 2 anos. Segundo o Banco Central, a desvalorização do dólar chegou a 3,70% somente neste mês.
O dólar comercial, que já chegou a um patamar maior de R$2,50 em julho deste ano, um valor bem alto, caiu bruscamente, valorizando o real de forma exacerbada. Apesar de alegrar grande parte da classe média alta, que procura esse tipo de situação para fazer suas viagens de férias ao exterior, quem sofre é o país deixado para trás.
Tendo nossa moeda, o real, tão alto em relação à moeda base das relações comerciais externas, só encarece nosso produto nacional. A carência de compradores só dificulta nossas boas relações com outros países. Se fosse de excelente qualidade, mas infelizmente não é. A falta de fiscalização e de tecnologia em nosso país resulta em produtos de má qualidade, e ainda, caros!
Ainda assim, nosso ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmou que não irá propor nenhuma medida para que essa situação vertiginosa seja invertida. Este momento não é adequado, segundo ele. Mas não justificou. Ficamos sem parâmetros.
Ou quase sem. Até quem não é acionista sabe que, assim que acabarem as eleições, o governo irá se mobilizar e as políticas de intervenção deverão normalizar a economia de nosso país. E quando chegarem as férias, o dólar já estará caro demais para fazer compras em Miami.
Daniela Chiba
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